14.11.07

Coração aberto

Sou alguém que oscila. Fico entre a alegria e a tristeza. E a saudade sempre me machuca. Sei que não posso viver no passado. Mas não posso impedir de lembrar... E uma falta doída insiste, insiste...

Lembro das tarde no apartamento de minha família. A cozinha amarela, uma mesa, o almoço, o convívio tão agradável. Sinto algo então, lá dentro, sinto que cheguei lá no fundo de minha alma.

Hoje, a alegria de ontem é substituída pela falta, pelo que não foi dito e choro...

Mãe, quanta falta vc me faz. Não sei porque, este final de tarde, lembrei...

Era uma sexta-feira, saí do trabalho para lá. E era tanta gente, tanta confusão e um quê de alegria, de volta a casa paterna, de estar em meu grupo, de intimidade com minhas origens.

Era sábado e meu pai ria... Aquelas gargalhada que só ele sabia dar, que ecoam em meu coração. Contava casos, fatos que alegravam nossas reuniões.

Era domingo e todos nós na pizzaria, uma algazarra, um aroma de felicidade.

Os passeios por Copacabana, as compras de balas e chocolates na Kopenhagen.

As brigas, as dicussões, os abraços, os beijos, os jantares, tudo se constitui em tesouros.

Ah! Quanta saudade. As lágrimas correm, soltam, liberando a angústia que aperta meu peito.

Nem sei se é o momento certo para tal desabafo. Um momento de felicidade, um site nascendo, um caminho... Talvez seja esta a razão.

Momento de realização e sinto um vazio... Alguém que está faltando.

Nenhum comentário:

Postar um comentário