16.6.11

Divagando sem saber filosofia




Pensando em filosofia, vislumbro como é maravilhoso o pensamento com que o ser humano é dotado. O raciocínio vai tomando caminhos, vertentes e se comunica entre os seres humanos, numa maravilhosa busca de explicações de nossa própria natureza e de tudo que temos ao nosso redor.

É considerado que a filosofia ocidental nasceu no século VI a.c. na cidade de Mileto, que era estrategicamente localizada num encontro entre o ocidente e o oriente. De seus filósofos, não se tem muito ou nada de escritos. Mas sua sabedoria não se perdeu. Thales foi desta época e desta cidade. Uma de suas teorias era que o mundo estivesse, de início, apoiado em água. Daí sua teoria de que a origem de tudo é a água.

Achei isto tudo bem bonito, atual e interessante, visto que a discussão ambiental, reside atualmente entre nossas grandes preocupações. Thales ia adiante, que tudo era nutrido pela água, dando como exemplo as sementes e o esperma, que são líquidos. Uma vez que estes são a origem de todos os seres, nada mais interessante do que uma atenção especial à esse pensamento.

Não sei se o que me fascina mais, já neste ponto, é propriamente a água, ou o encadeamento de idéias dos seres humanos. Reflito que como tenho uma preocupação especial ao que estamos fazendo com nosso planeta, com a humanidade, ouso tomar de ponto de partida o pensamento de Thales, para devanear um pouco, como é característica das crônicas que faço.

Fico com duas preocupações, a água e o homem, que se fundem numa só, uma vez que a humanidade seria inviável sem o líquido em questão. Estas duas formas de vida estão sempre em minha reflexões.

Como pesquisadora, não posso deixar de achar terrível, a indiferença com que se trata a sobrevivência de futuras gerações. A água é utilizada de forma indiscriminada, comprometendo uma vida que pode se extinguir devido a seu esgotamento.

Mas meu coração, no momento atual, é muito mais voltado para as questões humanas do que qualquer outra coisa. Não que eu ache que esta preocupações não residam no campo do humano, pois o cuidado com a água, transmite também amor a vida do ser humano, de uma forma geral, e não simplesmente com sua própria. Desejaria muito que todos estivessem envolvidos com esta causa, que além de garantir a continuidade dos seres humanos, demonstraria que estes são capazes de saírem de seu próprio interesse, para pensar nos outros.

Mas gosto de estar em contato com o sentimento, alma com alma, simbiose que deveria ser plena. Volto a meu coração e ele pede que fale agora um pouco no homem, na busca, no amor, em atitudes que tragam melhorias para o mundo em que vivemos. Triste constatar a total falta de preocupação com as pessoas, o desamor como são tratadas. Como pedir que pensem na água, que respeitem necessidades futuras, se nem ao menos se consegue impedir a banalização com que a vida é tratada.

E a verdade é que, apesar da globalização, ainda temos muito pouca informação do sofrimento de pessoas, da dor da fome, da miséria que reina no mesmo mundo em que vivemos. Assistimos desastres de avião, em que vidas e famílias foram completamente interrompidas. Esta notícia, ao menos, chega até nós.
Mas vou adiante, penso, por exemplo, num pequeno ser, que sente fome, que olha outros se alimentando fartamente, que observa o exagero do consumo, que ele é incapaz até de compreender.

Penso nas guerras, onde se interrompe vidas, porque simplesmente, países não concordam com as divisões territoriais, com a divisão ou finalidade da terra.
Penso nas religiões que deveriam ter como objetivo, uma ligação com Deus, e esta só se pode completar quando se passa pelo nosso semelhante.
Penso numa mãe que abandona seu filho, porque não tem como criá-lo, ou por total ignorância do real significado da maternidade.

Penso nas famílias, que deveriam ser ninho de amor, segurança, proteção e parceria. Será que estão cumprindo seu papel?

Volto a pensar em Thales, que começou todo esse meu raciocínio. Com certeza, em muito deveria diferir em concepções das minhas próprias, mas que mesmos assim, num respeito que deveria ser o nosso cotidiano, utilizei para começar a divagar.

Bebo um copo de água e reflito como sou feliz em tê-lo a minha disposição, saboreio e sinto o bem que me faz.

Água, como início de tudo, começa e finaliza a constatação que não somos nada se não nos unirmos para fazer deste, um  mundo melhor.

2 comentários:

  1. Anônimo19/6/11

    Virginia Fulber disse:

    Querida Cristina , gostei mto. dos parágrafos:

    "...Mas gosto de estar em contato com o sentimento, alma com alma, simbiose que deveria ser plena. Volto a meu coração e ele pede que fale agora um pouco no homem, na busca, no amor, em atitudes que tragam melhorias para o mundo em que vivemos. Triste constatar a total falta de preocupação com as pessoas, o desamor como são tratadas. Como pedir que pensem na água, que respeitem necessidades futuras, se nem ao menos se consegue impedir a banalização com que a vida é tratada.

    E a verdade é que, apesar da globalização, ainda temos muito pouca informação do sofrimento de pessoas, da dor da fome, da miséria que reina no mesmo mundo em que vivemos. Assistimos desastres de avião, em que vidas e famílias foram completamente interrompidas. Esta notícia, ao menos, chega até nós.
    Mas vou adiante, penso, por exemplo, num pequeno ser, que sente fome, que olha outros se alimentando fartamente, que observa o exagero do consumo, que ele é incapaz até de compreender.

    Penso nas guerras, onde se interrompe vidas, porque simplesmente, países não concordam com as divisões territoriais, com a divisão ou finalidade da terra.
    Penso nas religiões que deveriam ter como objetivo, uma ligação com Deus, e esta só se pode completar quando se passa pelo nosso semelhante.
    Penso numa mãe que abandona seu filho, porque não tem como criá-lo, ou por total ignorância do real significado da maternidade.

    Penso nas famílias, que deveriam ser ninho de amor, segurança, proteção e parceria. Será que estão cumprindo seu papel?

    Volto a pensar em Thales, que começou todo esse meu raciocínio. Com certeza, em muito deveria diferir em concepções das minhas próprias, mas que mesmos assim, num respeito que deveria ser o nosso cotidiano, utilizei para começar a divagar....

    Parabéns pelo elaborado texto no qual compartilhas tua filosofia de vida.
    abraços afetuosos,
    tua admiradora e amiga, virgínia fulber NHamburgo-RS Brasil - além mar poeta

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  2. Anônimo19/6/11

    Maria Lindgren disse:

    Ótima filosofia!!!
    Bjos
    Maizé

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