Brasil com muitas terezas.

Uma vez escrevi sobre Tereza. Não vou transcrever o texto aqui. Mas vou lembrá-la no dia de hoje. Tipicamente uma mulher brasileira. Três filhos, separada, sem a menor noção onde estaria seu marido. Levava a vida assim. Acordando cedo todos os dias, descendo uma ladeira que seu corpo custava a vencer. Na volta, então, nem se fala. Isto depois de enfrentar um dia de trabalho árduo.

Verdade que tinha nos olhos, a sombra de sua luta. Impressionava-me a ausência de sonhos. Era uma mulher que tinha como objetivo encaminhar seus filhos, alimentá-los, amá-los.

Quanto ao amor, seu coração, seus pensamentos, seus atos o realizavam plenamente. Não precisava de ninguém para amá-los.

A alimentação era tirada de seu parco salário, que mal dava para as principais despesas. Mas seguia adiante, sorrindo sempre, um sorriso triste mas corajoso. No semblante se notava a bravura daquela mulher.

Tive muito contato com Tereza e muitas vezes sentia vergonha de meus momentos desânimo, tal a coragem que emergia de seus atos corajosos, de sua vida de trabalho, de sua fé.

Por que falar de Tereza hoje? É simples, porque dedico a ela e a outas terezas do Brasil, este dia. É nosso país, conquistado, terra cultivada, rico em água e os mais diversos  produtos agrícolas. No entanto, tantos morrem de fome e sede aqui.

É dia de festa mas é dia de lembrar de nosso povo tão sofrido, das diferenças que separam as pessoas, da abundância em alguns lares e da carência na mesa de outros brasileiros.

Lembro de Tereza sim, ela está em meu coração e me fez crescer. Ela me fez ver que nosso país ainda precisa de muito, menos que ontem, mas muito mais que amanhã.

Parabéns Tereza, por seu dia, por seu país, por sua luta, por sua fé, por sua obstinação.

Salvem o Brasil! Salvem Tereza!

E aí então nosso grito poderá ecoar: Salve o Brasil!