14.5.12

Reflexões de uma manhã





Mudo meu horário de escrever para sentir as vibrações que as várias horas do dia mandam para meu coração. Acordo hoje, com as alegrias e as "menos alegrias de ontem". 

Alegria por um dia das mães, compartilhado com meu filho caçula. Os dois mais velhos estão viajando e não puderam estar comigo fisicamente, tendo a certeza que vivenciaram também este dia com a plena certeza de terem, no mundo, um lugar só deles. E assim, estávamos, os quatro unidos, como sempre. 

Alegria por ontem ter sido dia de Nossa Senhora, a quem recorro em minhas alegrias e tristezas, desde muito pequena. Estudei em colégio católico e lá tinha uma gruta. E lá estava também a imagem de Nossa Senhora, linda, que me olhava com maternidade ou eu assim sentia. Era tão bom olhar para ela! Era tão bom sentir que havia alguém pedindo por todos nós a Deus! Hoje ainda recorro a ela. E ontem, então, enviei-lhe meu amor de filha, meus pedidos e agradecimentos, que não saíram  em palavras, mas lá do fundo de meu coração.

"Não alegria" por sentir, dia a dia, hora a hora, os sintomas de um mal que ainda não entendo bem. A "síndrome de Meniere"  me deixa, às vezes desanimada, como ontem a noite. No fim de um dia lindo e repleto de amor, volto a sentir o que tanto me incomoda. Roguei a Deus que me dê a paciência que Ele espera de mim e que me ilumine para encontrar os caminhos e pessoas certas que me auxiliarão a conviver com isto. 

Acordei, na madrugada, com um frio que não me deixava dormir. Levantei-me então e vesti uma roupa mais quente e voltei para a cama. Neste momento, não pude, no fundo do meu coração, deixar de guardar um sentimento de gratidão a Deus pelos recursos de que disponho e que às vezes nem percebo. Quando falo em recurso, é no sentido mais amplo desta palavra, que me permite andar, caminhar, sentir, falar, amar... Como é bom ser criatura de de Deus!

Enfim aqui estou nesta manhã de segunda-feira, com o espírito renovado, sentindo alguns dos sintomas da síndrome mas livre para decidir meu dia, caminhar, reconstruir. Olho para esta página em branco, que Deus me oferta todos os dias e sinto-me plena. Chego a pensar que é tudo tão irreal, que a existência  passa a ser uma coisa subjetiva. Cada um segue seus caminhos e neles encontramos companheiros de caminhada que nos ajudam a realizar, compreender, amar, sentir, cair, levantar...

Bom dia para todos e boa continuação de caminhada...





2 comentários:

  1. Mana,
    Apesar de estar um pouco triste hoje,o seu texto me fez voltar à realidade e tomar consciência que não tenho esse direito. Foi muito bom "ouvi-la" e crer exatamente em sua palavras.Belo texto com conteúdo que faz bem à alma.
    Beijos
    Vânia

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  2. Maria Lindgren17/5/12

    Agradeço pelo texto e espero estar entre a gente que pode ajudar a levar a vida
    Bjos, querida Cris
    Maizé

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