26.8.06

Velho sonho

Velho sonho de minha infância distante
Perdido no dia a dia de meus afazeres
Alimento de minha alma carente
Que não mais consegui aspirar

Velho sonho que ficou para trás
No grande quintal de uma casa amada
Voando por entre as brancas nuvens daquele céu
Que nunca mais pude encontrar

Velho sonho, onde foste encostar?
Por acaso sacias outras almas infantis?
Onde está tua insistência e esperança
Que me faziam sorrir, que me faziam cantar?

Velho sonho de um mundo de paz
Trazido por incansáveis e fortes braços
Refletido no olhar de cada irmão
Na cumplicidade de nossos folguedos

Velho sonho de caminhar sempre juntos
Nunca se separar, nunca esquecer...
Confiar no amanhã, para sempre unidos
Partilhando a dor, partilhando o amor

Velho sonho daqueles que marcam
A alma, a vida, os laços fraternos
Migalhas de amor espalhadas
No caminho de sete vidas entrelaçadas

Velho sonho porque permitiu?
Que fosse embora quem povoou
Toda minha infância, toda minha vida
Cortando o elo que jamais se recomporá

Velho sonho volta para mim
Eu te quero aqui, eu te quero agora
Triste ou feliz, sacia a saudade
Refaz minha esperança de paz

3 comentários:

  1. ler a minha irmã é como recordar dias passados. E bons ou dolorosos esses dias refletem sempre as nossas raízes que são o exigênio que recebemos ao nascer, o crescimento, as lembranças remotas, o amor, o carinho que depois se espalhará pelas pessoas que vamos conhecendo...
    Lindo seu poema, mana. Lindos seus velhos sonhos e também aqueles que se tonaram ou se tornarão realidade...
    Te amo.!
    beijos
    Vânia

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  2. Cristina Arraes Moreira
    VELHO SONHO,
    é outro belo momento poético seu, onde recordas o tempo vivido, que marcou e da saudade dele voltar, parabéns amiga.

    Postei
    QUEIXUMES

    Beijos
    Efigenia

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  3. querida Cristina passear em tuas emoções é muito agradável, parabéns por talento e coragem,
    abraços de tua amiga e leitora

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